Emissor Nacional x ADN Repositório — Qual aderir? Prós e Contras para Prefeituras
Com a evolução do Sistema Nacional da NFS-e, os municípios precisam decidir:
Aderir ao Emissor Nacional ou ao ADN Repositório?
Este tópico tem como objetivo apoiar as prefeituras nessa escolha, destacando vantagens, desvantagens e impactos da adesão.
Emissor Nacional
O que é:
Solução disponibilizada pela RFB e CGNFS-e para que os contribuintes emitam NFS-e diretamente no portal nacional, sem necessidade de sistema próprio do município.
Vantagens
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Reduz custos de TI para a prefeitura
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Elimina necessidade de manutenção de emissor municipal
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Garantia de atualização pelo ambiente nacional
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Simplicidade para pequenos prestadores de serviços
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Padronização facilita empresas que atuam em vários municípios (menos formatos diferentes de nota)
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Atendimento à obrigatoriedade legal (LC 214/2025) sem custos adicionais de sistema próprio
Desvantagens
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Menor controle local sobre a experiência do contribuinte
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Dependência total do ambiente nacional (sem customização)
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Suporte técnico limitado ao que é oferecido pelo ambiente nacional
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Pode gerar aumento de chamados de suporte à prefeitura sem autonomia para resolver
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O Sistema Nacional não envia automaticamente dados para o Município
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O repositório central (base nacional) tem APIs padronizadas: o Município precisa consultar/buscar documentos e atualizar sua base fiscal
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Município deve gerar e controlar sua parte financeira (DAMs, certidões etc.)
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Risco de instabilidade ou latência em períodos de alto volume, afetando a emissão local
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Possíveis divergências em regras específicas de ISS e retenções que não estejam refletidas no layout nacional
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Treinamento de servidores é necessário, já que muda a rotina de fiscalização e atendimento
ADN Repositório
O que é:
Modelo em que a prefeitura adere ao repositório nacional, mas mantém (ou permite) emissores próprios e sistemas de terceiros enviarem as NFS-e.
Vantagens
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Mantém autonomia e flexibilidade para integração com sistemas locais
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Permite uso de softwares municipais ou privados já consolidados
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Mais opções para atender contribuintes de diferentes perfis
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Suporte técnico sob responsabilidade da própria prefeitura (mais ágil e próximo da realidade local)
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Maior autonomia para resolução de problemas técnicos sem depender do ambiente nacional
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Melhor adaptação a regras específicas do município (ISS, regimes especiais, retenções)
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Reduz riscos de indisponibilidade do portal nacional, já que pode operar com emissores próprios
Desvantagens
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Exige gestão de integrações pela prefeitura
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Pode gerar custos de manutenção e suporte local
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Maior responsabilidade em acompanhar a evolução técnica e normativa
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Compartilhamento deve ser próximo ao tempo de autorização
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Quando iniciar a geração de crédito/débito, o compartilhamento deve ser contínuo (não é permitido enviar apenas 1 vez ao dia)
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Erros de IBS e CBS impedirão a entrada no ADN
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Atrasos no compartilhamento afetam a remessa do crédito do IBS para o município
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Contribuinte pode ter documento válido, mas inexistente no ADN
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Mais responsabilidade sobre compatibilidade de sistemas legados e integrações locais
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Necessidade de capacitação da equipe técnica municipal para manter conformidade com as APIs nacionais
Discussão aberta
Seu município já avaliou as opções?
Quais critérios pesaram mais na decisão?
Quais dificuldades técnicas ou de suporte vocês identificaram?
Participe e compartilhe sua experiência! Seu relato pode ajudar outras prefeituras a decidir com mais segurança.